Morreu na madrugada desta segunda-feira (13), a professora e artista plástica Deborah Blank Mirenda, 90. Natural de Erechim, escolheu Pelotas, em 1950, para sedimentar a sua família e carreira tanto na educação, quanto nas artes. O sepultamento ocorre nesta terça-feira (14) às 10h, no Cemitério São Francisco de Paula, no Fragata.

A artista tem formação em Artes Plásticas pela Universidade do Rio Grande do Sul (URGS) em 1956, Licenciatura em Desenho pela Pontifícia Universidade Católica do RS (PUC/POA) em 1957, Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em 1978, pós-graduação em Orientação Educacional pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) em 1982 e com curso intensivo de arte na educação no Rio de Janeiro em 1972.
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Deborah teve uma atuação intensa nas artes pelotense por mais de 50 anos. "A Deborah Blank, foi uma pessoa que respirava arte, teve uma formação tanto nas artes plásticas como na licenciatura. Por um longo perí­odo foi professora de artes, teve uma vida de muita dedicação, pois cedo ficou viúva e precisou manter os dois filhos", comenta a artista e arte terapeuta Daniela Meine. Sua pintura transitava entre o figurativo e o geométrico, influenciada pelo modernismo e abstracionismo. Criou séries dedicadas às mulheres e as figuras humanas, as quais ela caracterizava com olhos grandes e tristes.

Na fase geométrica o quadriculado pretro e branco contrastava com a figura de uma flor. As pombas também eram elementos importantes nas suas pinturas. "Uma mulher à frente do seu tempo, trabalhava incansavelmente e dizia que só estava viva porque tinha a arte em sua vida", lembra Daniela Meine. Deborah Mirenda deixa dois filhos.